Oficina de danças urbanas abre Rima Santarém celebrando a força do corpo e da periferia
16/10/2025
(Foto: Reprodução) Rima Santarém 2025 terá batalha de MCs no dia 18 de outubro
Divulgação
Começa nesta quinta-feira (16), a terceira edição do Rima Santarém 2025, movimento cultural que reafirma a potência do Hip Hop como ferramenta de resistência, arte e transformação social na Amazônia. A abertura do evento será com a Oficina de Danças Urbanas, ministrada por Hian Maniva, no Samu Class – Meta Fit, das 20h às 22h, em Santarém, oeste do Pará.
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A oficina propõe um mergulho nos ritmos e linguagens que unem as danças urbanas do mundo à vivência das periferias paraenses. Ela marca o início de uma programação que segue até sábado (18), na Praça do Mascotinho, com batalhas de rima, apresentações culturais e a grande final do evento, reunindo MCs de Santarém, Altamira, Aveiro e Itaituba.
Durante a atividade de abertura, Hian compartilha sua trajetória e propõe reflexões sobre como o corpo pode ser um instrumento de resistência e identidade.
“Na nossa oficina, vamos trabalhar um estudo das danças urbanas, passando por vários estilos. Estruturei uma coreografia que bebe em diferentes vertentes, com musicalidade inspirada no Electro Melody e no diálogo entre a cultura periférica paraense e outras culturas periféricas do mundo. É um encontro de corpos, ritmos e histórias que se cruzam dentro do Hip Hop”, explicou Hian Maniva.
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Para o artista, a dança é um dos pilares do movimento Hip Hop, pois traduz em gestos a força de quem resiste, sonha e ocupa espaços. “A dança é corpo e voz. É território e identidade. Ela comunica aquilo que muitas vezes não cabe nas palavras”, reforçou.
Roda de conversa e batalhas
Nesta sexta (17), acontece a Roda de Conversa/Workshop “Os Desafios da Cena do Hip Hop na Amazônia”, no Teatro Victória, reunindo Priscila Castro, Secretária de Cultura; Pedro Alcântara, Comitê de Cultura; Hyan Maniva, bailarino e coreógrafo; Kaipora, MC, rapper e produtora; Kau Silva, idealizadora do Rima Santarém; e Mão no Bolso, MC e campeão estadual do Duelo de MCs 2024.
A discussão trará perspectivas sobre o fortalecimento das expressões urbanas, os desafios das políticas culturais e a importância das cotas afirmativas na cena. O encontro encerra com um coffee break de integração.
No sábado (18), a programação retorna à Praça do Mascotinho, a partir das 19h, com DJ Allana, batalhas de Allstyle, apresentações musicais, dança, desafios e a grande final do Rima Santarém 2025, premiando os MCs vencedores das seletivas locais e regionais.
Para a coordenadora Kau Silva, o início da programação representa mais do que um evento, é um ato de resistência e afeto coletivo:
“A dança conecta e liberta. Ela é uma das formas mais puras de expressão da periferia e mostra que a arte é, sim, uma possibilidade de futuro. O Rima nasceu para criar oportunidades, dar visibilidade e provar que existe potência, talento e verdade na arte feita por jovens da Amazônia”, afirmou Kau.
O Rima Santarém é um projeto aprovado no Edital Criação da Lei de Incentivo Aldir Blanc, do Governo do Estado do Pará, e tem como objetivo fortalecer o Hip Hop como movimento social e cultural na região. O evento será transmitido ao vivo pelo canal oficial no YouTube e pelas redes sociais do projeto.
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